eleições 2018

As propostas dos candidatos ao governo do RS para gerar empregos

A falta de emprego angustia moradores de Santa Maria e da Região Central. Na terceira reportagem da série sobre as eleições, o Diário tratou do tema e mostrou as dificuldades de quem está sem trabalho há bastante tempo e não consegue um novo emprego. Requisitos exigidos como experiência e escolaridade tornam a procura ainda mais complexa.

A reportagem, publicada no fim de semana, também abordou a situação das cidades que não têm condições de se sustentar com a arrecadação própria, quanto mais ter capacidade de gerar empregos. Das 24 cidades com menos de 10 mil habitantes, 17 não conseguem custear suas despesas.

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A consequência desse cenário é a falta de vagas, informalidade e êxodo em Santa Maria e nas mais 38 cidades. Para reverter esse quadro, especialistas apontam, entre outras alternativas, a resolução de questões estruturais, que passam pelo equilíbrio dos gastos e das receitas dos governos, estimular projetos de empreendedorismo e regionais nas áreas agrícola e tecnológica, fortalecer o setor de agricultura familiar e recuperar as estradas.

E os postulantes ao Piratini, o que têm de propostas para a região no setor? Os oitos candidatos a governador - Eduardo Leite (PSDB), Jairo Jorge (PDT), José Ivo Sartori (MDB), Júlio Flores (PSTU), Mateus Bandeira (Novo), Miguel Rossetto (PT), Paulo de Oliveira Medeiros (PCO) e Roberto Robaina (PSol) - foram convidados a apresentarem suas propostas para a geração de empregos na região, a partir da reportagem publicada. A todos foi concedido o mesmo espaço. No caso de Eduardo, Bandeira e Sartori, que ultrapassaram o limite estabelecido, foi cortado o final do texto. Já Flores e Medeiros não enviaram as respostas. Confira as propostas dos concorrentes ao Piratini por ordem alfabética.

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Eduardo Leite (PSDB) 
Coligação - PSDB, PTB, PRB, PPS, PHS, Rede e PP 
"Acabar com a mais grave crise financeira do Rio Grande do Sul, retomar o desenvolvimento e gerar empregos suficientes que resgatem a renda e a autoestima do nosso povo requer o engajamento da sociedade inteira. Nós confiamos na capacidade do gaúcho, empreendedor por natureza, capaz de superar grandes dificuldades.

O que propomos é um Estado eficiente, nem mínimo nem máximo, presente para quem precisa, sem atrapalhar quem quer trabalhar, que utilize ferramentas modernas, capaz de dar respostas à população e caber no bolso do contribuinte.

Precisamos perseguir o equilíbrio fiscal, reduzir em médio prazo os impostos, buscar a parceria com a iniciativa privada em áreas como a infraestrutura, capazes de gerar milhares de empregos rapidamente, que vão alimentar o crescimento econômico e incrementar as receitas do Estado que, por sua vez, poderá aplicar melhor esses recursos no bem-estar da população e em áreas prioritárias, como saúde, segurança e educação".

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Jairo Jorge (PDT) 
Coligação - PDT, Avante, PV, Pode, PPL, PMB e Solidariedade 
"O problema do desemprego exige liderança do governador, inicialmente colocando os salários dos servidores em dia, aquecendo a economia novamente através do consumo. Já no primeiro ano de gestão, vamos reduzir a carga tributária com a Lei do Gatilho e dar maior celeridade para abertura de empresas com o Escritório do Empreendedor, que estará presente de forma regionalizada, desburocratizando a emissão de documentos e, com isso, atraindo novos negócios e gerando empregos. No período que fui prefeito de Canoas, foram abertas 19 mil novas empresas com essas medidas.

Os investimentos em infraestrutura também são essenciais para que as cidades do interior consigam receber novas empresas. Vamos criar a lei de incentivo à infraestrutura, qualificar os jovens e incentivar o fomento para o mercado tecnológico de indústrias "low tech", além de um programa de estímulo para tornar novamente a indústria tradicional gaúcha competitiva".

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José Ivo Sartori (MDB) 
Coligação - MDB, PSD, PSB, PR, PSC, Patriota, PRP, PMN e PTC
"A geração de emprego está diretamente atrelada a condições de desenvolvimento e incentivo ao empreendedorismo. Nesses quatro anos, atuamos em adequações de infraestrutura, ampliando as condições de fomento a novas indústrias geradoras de emprego.

Atraímos empresas que já investiram R$ 9,2 bilhões em projetos de expansão e modernização. Outros R$ 42,1 bilhões estão em prospecção e em vias de implantação. Cerca de 24.495 empregos serão gerados.

Atacamos a burocracia. Reduzimos o tempo médio para abertura de empresas e a concessão do alvará provisório de 90 para cinco dias na Junta Comercial Digital. E o tempo para concessão de licenciamento ambiental pela Fepam caiu de 900 para 40 dias.

A FGTAS ofertou 291.959 vagas de trabalho com 106.206 colocados. No segundo mandato, ampliaremos os projetos de emprego e renda, qualificação profissional, políticas de formação e qualificação. Aumentaremos a geração de renda e oportunidades com o fortalecimento das políticas voltadas à juventude".

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Mateus Bandeira (Novo)

"A crise econômica e as altas taxas de desemprego demonstram o fracasso do modelo de desenvolvimento adotado no país. Para retomar a capacidade de gerar oportunidades de trabalho, o primeiro desafio é organizar a bagunça das contas públicas. E, ao mesmo tempo, é preciso diminuir o tamanho do Estado e privatizar estatais.

No Rio Grande do Sul, há décadas - com exceção de três anos do governo de Yeda Crusius, em que atuei como diretor do Tesouro e secretário do Planejamento -, o Estado gasta mais do que arrecada. Por isso, defendemos o equilíbrio fiscal e a desburocratização. Precisamos colocar as contas em dia, melhorar a qualidade e o acesso à educação e usar a tecnologia para simplificar processos e planejar a longo prazo.

Além disso, quem gera riqueza são as pessoas. É preciso estimular e facilitar a vida dos empreendedores. O Estado não deve se intrometer na vida do cidadão, mas apoiar a livre iniciativa e valorizar quem quer empreender, investir e gerar oportunidades de trabalho".

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Miguel Rossetto (PT) 
Coligação - PT e PCdoB
"No RS, o desemprego praticamente dobrou desde 2014, atualmente existem 510 mil desempregados em nosso Estado. O governo Sartori assistiu de braços cruzados a destruição do Polo Naval, que chegou a empregar 24 mil funcionários diretos em 2013, hoje são menos de 400.

Uma das iniciativas que tomaremos será a volta do financiamento do Banrisul à economia gaúcha. A carteira de crédito do Banco ficou estagnada durante o governo Sartori. Hoje o Banrisul possui a capacidade de injetar R$ 9 bilhões na economia gaúcha. Nós iremos utilizar essa capacidade de financiamento.

Daremos ênfase à infraestrutura para o desenvolvimento, nesse sentido uma medida importante para Santa Maria e região é a Ferrovia Norte Sul, iremos fazer todos os esforços para garantir que a União efetive sua extensão até Rio Grande, reduzindo os custos de transporte e aumentando a competitividade dos produtos gaúchos no Brasil e no exterior, assim como iremos liderar o movimento junto para a retomada do Polo Naval".

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Roberto Robaina (PSol) 
Coligação - PSol e PCB
"No que diz respeito à geração de empregos, o Estado pode e deve ser um indutor do desenvolvimento. Hoje a política do governo tem como foco as isenções para megaempresas, que pouco empregam, e o corte de despesas, o que inclui a redução nos investimentos.

Para ser um indutor do desenvolvimento é preciso mudanças na questão da geração de receitas. Uma das medidas que está na alçada do governador é a política de incentivos fiscais. Nós vamos utilizar esta ferramenta para estimular o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, que são as verdadeiras criadoras de empregos no país.

Além da política de incentivos, para recuperar a capacidade de investimento do Estado é preciso aumentar o combate à sonegação, lutar pelo rompimento com o sistema da dívida pública, que drena recursos do orçamento diretamente para o bolso da oligarquia financeira, e também pela revogação da Lei Kandir, que além de aprofundar o desequilíbrio nas contas públicas exporta empregos e renda para outros países".

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